Economia Prateada: Você está ignorando o público que mais consome no Brasil?
- anderson0424
- 10 de jun.
- 3 min de leitura

A população brasileira está envelhecendo, e com isso surge uma nova força econômica: a economia prateada. Pessoas com 50 anos ou mais estão transformando hábitos de consumo e movimentando trilhões de reais anualmente. Esse público já não pode mais ser ignorado, ele dita tendências, redefine prioridades e exige novas estratégias das marcas.
Um mercado que já movimenta R$ 2 trilhões por ano
Segundo a consultoria Data8, o público 50+ movimenta cerca de R$ 2 trilhões por ano no Brasil, representando 23% do consumo de bens e serviços no país. Globalmente, esse mercado já gira em torno de US$ 15 trilhões anuais, superando o PIB da China.
Além disso, a expectativa de vida aumentou. Dados do IBGE mostram que a população com 65 anos ou mais cresceu 57,4% entre 2010 e 2022. Até 2050, o Brasil terá quase 90 milhões de idosos. Não estamos falando de um nicho: estamos falando do novo mercado de massa.
O consumidor 50+ é digital, exigente e engajado
A imagem ultrapassada do idoso desconectado está sendo quebrada. Um estudo da KPMG revelou que os baby boomers fazem quase tantas compras online quanto as gerações mais jovens, com um gasto médio por compra ainda maior.
Esse público valoriza produtos de qualidade, atendimento humano, soluções simples e experiências relevantes. Setores como turismo, saúde, tecnologia, bem-estar e educação já estão sendo redesenhados para atendê-los. O surgimento das seniortechs confirma essa transformação: empresas que oferecem desde cuidados domiciliares até plataformas de aprendizado contínuo.
Exemplos práticos: influência, tecnologia e protagonismo
Nas redes sociais, vemos cada vez mais o protagonismo da geração prateada. A influenciadora Sueli Rutkowski (@suelir), com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram, compartilha moda, lifestyle e bem-estar com autenticidade e engajamento, marcas como O Boticário, Natura e Renner já firmaram parcerias com ela, reconhecendo o valor dessa conexão com o público maduro.
Outro exemplo é a apresentadora e empresária Helô Pinheiro, ícone cultural que continua ativa como referência de estilo e longevidade, com forte presença em redes sociais e campanhas publicitárias.
E no campo da tecnologia, a startup ISGame tem se destacado ao oferecer capacitação digital para pessoas com mais de 60 anos, provando que inclusão digital é possível, e desejada, por quem busca continuar aprendendo e se atualizando.
Um público invisível na comunicação das marcas
Apesar da força de consumo, 65% dos consumidores 50+ sentem que as marcas não falam com eles, segundo pesquisa da FleishmanHillard. Isso significa que ainda há um enorme oceano azul a ser explorado por empresas que se dispuserem a ouvir, entender e respeitar esse público.
O que sua marca pode (e deve) fazer agora:
Repensar suas personas: o consumidor 50+ está mais ativo, conectado e disposto a investir.
Revisar sua comunicação: a linguagem, os visuais e os canais devem incluir e não estereotipar.
Inovar com propósito: não se trata de criar produtos “para idosos”, mas sim soluções relevantes para diferentes fases da vida.
Conclusão
A economia prateada não é uma tendência, é uma realidade. E quem não incluir esse público na estratégia está, literalmente, deixando dinheiro na mesa.
Na Nacon, ajudamos marcas a enxergar oportunidades onde a maioria ainda vê resistência. Posicionamos negócios para conversar com quem realmente consome, com inteligência, autenticidade e visão de futuro.
Quer entender como sua marca pode se destacar nesse novo cenário?
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Referências
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